Pessoas da terra que andam na rua,
Cedo despertam em madrugada crua;
Pela manhã, os campos lavrarem
Almoços rápidos, sem descansarem.
Pela manhã, os campos lavrarem
Almoços rápidos, sem descansarem.
Sentadas na sombra do quente Verão,
Vizinhas conversam, agulha na mão
São gentes do campo, na tarde a chegar,
Rápido se apressam p´ras hortas regar.
Vizinhas conversam, agulha na mão
São gentes do campo, na tarde a chegar,
Rápido se apressam p´ras hortas regar.
Nozes vendidas, semear o grão,
Milho, trigo, amêndoa e feijão.
Vindimas à porta, tanto a colher!
Esmagar as uvas p´ro vinho fazer.
Milho, trigo, amêndoa e feijão.
Vindimas à porta, tanto a colher!
Esmagar as uvas p´ro vinho fazer.
Lareiras em casa, neve a gear,
A chuva e o frio não vão perdoar.
Castanhas cozidas, assadas ou cruas…
Já temos as árvores despidas e nuas.
A chuva e o frio não vão perdoar.
Castanhas cozidas, assadas ou cruas…
Já temos as árvores despidas e nuas.
O Inverno aparece quase sem avisar,
Rápido e agreste toca a arrecadar
Azeitonas das árvores, o gelo no chão
Azeite quentinho amolece no pão.
Rápido e agreste toca a arrecadar
Azeitonas das árvores, o gelo no chão
Azeite quentinho amolece no pão.
A Primavera chega aos campos da Penha
Num verde manto, cobrindo a azenha.
Mistura na terra todas as cores
Deliciem-se ovelhas com tantas flores.
Num verde manto, cobrindo a azenha.
Mistura na terra todas as cores
Deliciem-se ovelhas com tantas flores.
Dia após dia, as lidas são cheias...
Olhai p´los meus, Senhora das Candeias.
Olhai p´los meus, Senhora das Candeias.
Domingo de missa, abençoado dia!
Padroeira da terra, ilumine em vida.
Carla Bordalo